Junho é mês de Santos populares, reverenciados através de festas ao redor da fogueira, muita canjica, pé-de-moleque, quentão (pra esquentar o frio desta época no Sul), roupa de caipira, simpatias pra conseguir amor e fartura...
As festas juninas parecem bem brasileiras, não é mesmo? Mas na verdade, elas tiveram sua origem antes do nascimento de Cristo, quando os povos pagãos do Hemisfério Norte celebravam o solstício de verão (o dia mais longo e a noite mais curta do ano), que lá acontece em junho. A celebração do solstício evocava a fertilidade da terra e boas colheitas, com danças e fogueiras que eram acesas para afugentar maus espíritos.
Com o avanço do Cristianismo, a Igreja preservou e incorporou algumas tradições, incluindo esta, como "estratégia de marketing", assim digamos, para conseguir mais popularidade. Assim, no século 6, os ritos da festa do solstício de verão, em 21 de junho, passaram a ser celebrados no dia do nascimento de São João Batista, 24 de junho. No século 13, foram incluídas no calendário litúrgico da Igreja, as datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29).
Isso tudo chegou ao Brasil através dos portugueses, mas tudo acabou ganhando cores e sabores brasileiros pela influência dos índios e dos escravos (mão-de-obra das cozinhas do Brasil colonial).
E desde então, aqui no Brasil, reverenciamos os Santos de junho, degustando quitutes de milho, amendoim e mandioca. Que beleza, não?
Dito isso, revelo que a inspiração pra escrever um pouquinho sobre as tradições juninas veio de uma matéria que li no site da Casa e Jardim, com o título deste post, sobre carrinhos de chá!
Peço a vocês que compreendam a maluquice da pessoa e concordem que, isso que vem a seguir, ao menos lembra a "veia gastronômica" das festas de junho e a multiplicidade de pedidos que creio que os Santos recebam todos os dias.
O "Santo apoio", que aqui se fez introduzido por um pouquinho de história, nada tem a ver com servir chá ou comidinhas gostosas, mas sim com utilizar toda a potencialidade de um simples carrinho de chá.
Afinal, os "Santos" estão aí para atender a qualquer pedido!
Então lá vai o carrinho... Na sala de estar, como mesinha lateral.
Este (da Desmobília) tem design inspirado nos anos 50.
No corredor.
Este é criação do Ronaldo Fraga para Dpot (observe a fofurice das rodinhas de metal).
Não gosto muito dos carrinhos em acrílico (este é da Kartell), mas aqui serviu bem para a ideia de escritório.
Apoio multiuso no quarto.
Aqui o carrinho (este é original da década de 50, da Teo) não é o criado-mudo. Repare também na originalidade da composição mesinha velha + tábuas velhas e no detalhe "sweetest thing" do vasinho com a flor.
Eu estou louca por um carrinho de chá. Quero deixá-lo na sala e penso em utilizá-lo para colocar bolsas e acessórios das visitas, no dia-a-dia, e utilizar toda sua funcionalidade e mobilidade no vai-e-vem de louças para arrumação / desarrumação da mesa de jantar.
Ainda não encontrei o meu modelo ideal a um preço justo. Quem sabe na próxima Feira Rio Antigo?
Em tempo: Vou tentar dividir aqui um pouquinho do que li a respeito das histórias, orações e simpatias dos Santos de junho, no dia de cada um, ok? Não consegui. Sorry!
Fontes: Lourdes Macena, especialista em folclore e cultura popular.
Revista Bons Fluidos – edição 61, jun 2004
Fotos (exceto as duas últimas): Casa e Jardim
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