embro com saudade de minha madrinha chegando para o chá de sábado na casa de minha mãe com uma mala de roupas que havia separado para doação. Eu, minha irmã e minhas outras tias olhávamos tudo, experimentávamos e sempre ficávamos com bastante coisa. O resto acabava ficando por ali mesmo, pois minha mãe sempre foi uma espécie de central de doações. Ela sempre tinha pra quem doar as coisas. Quase todo mundo da família deixava o que tinha pra doar lá com ela, que separava cuidadosamente tudo e destinava da melhor forma possível. E, às vezes, as doações acabavam com alguém da família mesmo ou amigos próximos. Minha mãe olhava e pensava que determinada peça era a cara de alguém, aí mostrava e geralmente acertava. Como foi comigo e este vestido azul de paetês aí na foto, que foi da minha super tia (beijo grande, Tia Inês!). Imagina se esta preciosidade caísse em mãos que não valorizassem seu potencial? Uma tragédia! :)
E eu também sempre que tirava algo do armário, antes deixava pra elas verem e depois doava o restante. Quando saí da cidade isso não aconteceu mais, mas mesmo assim dia destes fui visitar minha irmã e tinha uma malinha cheia de enjoos dela me esperando. Outra vez ela veio pra cá e fui tirando do guarda-roupas tudo que não me servia ou eu não usava mais e ela ia experimentando e acabou voltando pra casa com a mala mais cheia. :)
Já tirei sapato do pé que amiga gostou e pediu pra provar, aí falei: me empresta um chinelo pra eu voltar pra casa, que esse é teu. Eu já usava super pouco e, pra falar a verdade, me apertava um pouquinho. E pra ela caiu como uma luva.
Não tenho problemas com coisas usadas, em me desfazer do que não uso, adoro garimpar em brechós e valorizo essa coisa de fazer a energia circular, principalmente se for a energia de pessoas que conhecemos e gostamos.
Vou contar uma coisa pra vocês que me emociona até hoje, só de lembrar. Quando minha avó Irene morreu, minha mãe e minhas tias, esperaram até o Natal antes de se desfazer das coisas dela para que eu e minha irmã pudéssemos escolher alguns itens pra ficar conosco. Tenho aqui xícaras, paninhos de cozinha, bowls e até um vestido que me fazem sorrir sempre que os uso. Acho que a vó Irene fica super feliz em saber que cuido das coisinhas dela.
Gente, desculpe o falatório. Essa introdução toda pra dizer que há algum tempo venho pensando em realizar um bazar de trocas. Escambo mesmo, sem dinheiro, apenas trocas entre amigas e amigas das amigas, desapegando de peças que estão paradas no armário e fazendo a energia circular, entendem?
A ideia é que separemos peças novas ou usadas, em condições de uso, limpinhas e cheirosas e organizemos um evento tipo "Chá do desapego", "Desapego entre amigas" e, reunidas em uma tarde agradável, tomemos chá (ou quem sabe até um espumante?) enquanto trocamos umas roupinhas. As peças que sobrassem, doaríamos para uma Instituição de caridade.
Se eu conseguir realizar isso, prometo que volto aqui pra dividir tudo com vocês. A organização, erros e acertos.
Por hora #ficaadica se você quiser tentar algo do tipo por aí, entre seu círculo de amigas. Só não esquece de me contar depois, tá?
E que boas energias nos envolvam sempre! Um beijo pra você. :)
* na foto eu e minha afilhada linda, queridona e amada Juliana (em breve Dra. Juliana :)), no casamento da prima Fernanda em abril de 2012.
Acho a ideia ótima, Karen, pratico muito por aqui junto com a família. São quadros, relógios, tapetes que vão para a casa do outro e, muitas vezes, retornam de novo. Inclusive com alguns brechós, onde tenho muita amizade com os donos, já troquei móveis que não me interessavam mais por outras peças. Funciona super bem! Beijo
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